8.12.13

da série: Mr Magoo é minha vida.

e no episódio de hoje, eu saí para pegar umas caixas para a mudança. empacotar e tal.
daí que eu estava andando, toda bela, até o mercado mais próximo para pedir doações. eis que, como a rua não é muito movimentada e não tinha nenhum borrão do tamanho de um carro na minha frente, eu apenas fui colocando um pé na frente do outro. claro que no meio do caminho tinha um vão, tinha um vão no meio do caminho. daí que eu caí no chão, né.
eu andando, hoje toda trabalhada nos belíssimos sapatos usaflex, bermuda verde - o calor está demais! - e uma camisa polo para adicionar elegância que, já disse, é tudo nessa vida.

aquela coisa óóótima, o chão suuujo, eu com a minha roupa liiimpa e a vontade de choraaar. quem é o ser humano que cai no vão da calçada, gente? por favor, sabe?

ao ladrão de óculos, faço votos de que esteja sendo útil.


*update: cheguei em casa e vi que trinquei meu dente. a doooorrrrrr, gente. a dooooor.

7.12.13

roubaram meu óculos.
não, não era óculos de sol. era um óculos comum com as hastes mordidas e meio capenga por quase 2 anos de uso descuidado.
mas antes de contar como isso aconteceu eu só preciso dizer que, e eu nunca vou conseguir sublinhar isso o suficiente, o rio de janeiro é uma cidade muito estranha. sério. quem rouba um óculos, gente?
é muita maldade.

enfim. estava eu no banco do brasil da ilha do fundão na ufrj pra abrir uma conta. coloquei o óculos na cadeira para sei lá, coçar os olhos. alguém pegou meus óculos nesses segundos, colocou no rosto e saiu andando.
eu: ei, esse óculos é meu!
e nem era com ele. continuou andando.
eu: ei, moço, o óculos é meu!
depois de umas três vezes disso toquei no ombro dele. ele virou e me disse: então prova.
e saiu andando.

provar que o óculos era meu, sabe? D: D: D:

aí voltei, né. porque ele saiu andando quase correndo e olha só pra mim, gordo não sabe correr pra salvar a própria vida, que dirá a própria visão.

desde então...
essa sou eu tirando o chapéu e segurando uma bengala, trajando um maravilhoso casaco verde com calças pretas e botas com salto. reparem também no detalhe do cachecol preto, porque elegância é tudo nessa vida.

3.12.13

eu estou apaixonada né.
daí que não é novidade pra ninguém isso.
e quando a gente se apaixona sempre rola aquele quê ridículo. ainda mais quando tem, como no meu caso, toda uma ode ao platônico. mas eu juro pra vocês que, às vezes, me supero.

tudo isso pra dizer que tava aqui organizando a pasta de enviados do e-mail quando encontro um que enviei para a pessoa significante totalmente fora de qualquer contexto. fiquei refletindo por um segundo e abri o e-mail. eu juro pra vocês que eu escrevi apenas:

Oi :)
boas férias.

assim mesmo. com carinha feliz e ponto final. toda trabalhada no equilíbrio mental.
acho que eu pensava assim: bom, já mandei a carinha feliz agora preciso ser blasé né, senão vai dar muito na vista que espero uma resposta nível: "opa, já que você mencionou, quer tomar um vinho?"
a gente faz umas coisas, né? acho impressionante.
o que me deixa feliz é que esse e-mail foi sumariamente ignorado, com a graça de senhor jesus.

*UPDATE

continuei a organização. e encontrei a seguinte pérola:

Ei,
tá bem.
obrigada :)

help, tá muito difícil viver com essa vergonha. o que que tá bem, minha filha? você? discutível. muito discutível. 

30.11.13

então que eu sofri um ataque de ansiedade em plena aula de psicologia. uma triste vida, vocês sabem.
eis que decido tentar falar com minha irmã. ela estava exercendo sua função de proletária submetida ao capitalismo e trabalhando loucamente.
daí que thay, a pseudo namorada dela (porque as duas são heterossexuais. e apenas.) responde ao meu whatsapp e me pergunta se estou passando mal mesmo e tal. eu respondo dizendo que sim, vista escura, tremedeira, aperto no peito, vocês sabem.
se não sabem, não queiram saber.
e o melhor diálogo do mundo aconteceu:

lina/thay: bota as mão pra frente e fala CACHEPOU três vezes pra ver se não é avc.
eu: não, não é avc.
lina/thay: então calma. toma uns gatorade de limão, uns birudink, é tiro e queda.

e não é que é mesmo? uns gatorade de limão. uns birudrink. tiro e queda.

eu procurei 'cachepou' no google. e se o google me diz que isso é cachepou, então isso é cachepou.

28.11.13



estou eu na madruga boladona curtindo a festinha da ansiedade quando resolvo que ouvir música depressiva é a vibe, ouvir música depressiva é o momento.
daí que todas - todas - as que eu ouvi são românticas e fofas e falam de telefonemas e e-mails e trocas de mensagens e uma comunicação constante. do jeito que eu sempre quis ter... mas pera. eu namorei por 3 anos. e antes e depois disso tive namoros também e...  
e aí eu me sinto de novo o bichinho mais bobo do mundo. como se todo mundo já tivesse vivido isso menos eu. no meu caso seria... bom, não seria a primeira vez, por certo que não.

dessa vibe de querer muito alguma coisa - no caso amor ft. comunicação - e depender de outras pessoas - no caso o 'outro significante' - tem também o problema de nunca estar 100% em algum lugar/ alguma coisa. nunca aproveitar o máximo de nada porque ou minha cabeça está longe ou eu não posso ir ou eu não estou no respectivo estado ou preciso desesperadamente estudar ou não posso por questões físicas ou eu estou cansada ou apenas.quero.dormir. são escolhas? pode ser, não sei. mas em minha defesa tenho que sempre faço o que me parece certo.

é considerado triste que a única coisa que eu faço 100% focada é meu trabalho? deve ser. provavelmente é, mas quando tudo o mais (leia-se: família e amor) pode ser resumido em 'about:blank', acho que não tenho muita escolha.

quer dizer, claro que tenho amigos incríveis e minha família é ótima. mas estão longe. muito muito longe. e os que estão perto tem mesmo essa obrigação? pensando melhor, veremos que não. ninguém tem. então eu preciso respirar e fingir que esta tudo ok e que nada me parece melhor do que continuar assim. 

é claro que por baixo dos panos a gente sempre trabalha pra mudar. e eu venho tentando.
arrumei ~um trabalho~, me inscrevi na terapia. juro que tô tentando. e também tem ela. mas quanto a ela tudo que eu tenho a dizer é que às vezes a opção mais plausível me parece dar um google em lobotomia+caseira. pra ver se sai.

mas às vezes fingir me parece mais negócio, sabe? simplesmente trocar a playlist. e fingir que está tudo bem.

13.11.13

passou o outburst emocional.
já tava na hora, se vocês querem saber minha opinião.
nesse meio tempo, acho que consegui uma bolsa. yay. (não, sério, tô feliz mesmo. yays são muita felicidade numa só palavra, então acho que a utilização de apenas um yay já dá pra medir o quão empolgada eu estou.) 
também consegui ganhar mais confiança quanto ao fato de precisar desesperadamente de uma terapia, o que nos leva ao terceiro problema. ela, é claro.

mas já consegui o estágio. então calma, gente. baby steps.

9.11.13

acho que no fim das contas o recado que precisa ser dado é o seguinte: cuide mais da sua vida e pare de se esconder nos problemas dos outros.
ok. anotado.

ps.

está permitido parar tudo, pegar minha mochilinha e sei lá, sumir?